A utilização de várias fotografias na “mesma imagem” tem-me vindo a interessar enquanto meio de transmitir diferentes emoções, potenciadas pela confrontação ou complementaridade entre as diversas fotografias.
“São precisos dois para dançar o Tango” é um corpo de trabalho, constituído por dípticos em que as fotografias, colocadas lado a lado, dialogam entre si, propondo um nível de comunicação mais construído.
A sua interacção muitas vezes reforça o mistério, os sentimentos ou o confronto entre diversas abordagens, atitudes ou culturas. Noutros casos coloca frente a frente tranquilidade e tensão, relacionando natureza e urbanismo, causa e efeito, sugerindo o início e o fim de um ciclo.
Persuadindo o observador através de um caminho mais significante, tentam descodificar simbologias e destacar o equilíbrio, a força, a dúvida, a solidão, a alegria, o amor ou a busca do Éden.